28.6.12


Sigur Rós - Varud

tentei fugir-lhes. mas não consigo.
tocam-me a alma como quase nada mais consegue.

26.6.12

sonhei-te. e acordei gasta.

22.6.12

a vida de x: na verdade é,  quase sempre, meio aborrecida. e curta em tempo sem horas. por isso, x está em falta com meio mundo. com cafés atirados para um futuro que se queria próximo, mas que se vai alargando em distância. e com algumas vontades adiadas. o desligamento do mundo é, por isso, quase inevitável. x não gosta. mas não consegue fazer melhor. x anda cansada. dos dias e das gentes. mas anda feliz. e satisfeita com o que lhe caiu em sorte. mas a vida x também tem reveses. x, às vezes, desilude-se. mas depois diz para si "estás a ver x, nem sempre é paranóia tua. há pessoas mesmo más. ou só imbecis. mas vai dar mais ou menos ao mesmo, não vai?". mas a vida de x também tem pessoas boas. várias. e muitas surpresas. e, por entre altos e baixos, x vai andando. de cabeça erguida e sorriso nos lábios. 
confirmado. aniversário em maputo. como há exactamente 5 anos. de volta ao sítio onde aprendi que o chão não faz falta. para celebrar o dia em que nasci. e os dias em que recomecei do nada.

18.6.12


Sigur rós - Fjogur píanó

do amor e da dor.
do desejo canibal e da elevação do espírito.
do sentir na alma e na carne.
do sobreviver ao caos e querer mais.

15.6.12

bem, na verdade o que custa é a bofetada inicial. o perceber que as pessoas são ridículas. e que o ridículo nos revolve o estômago e, literalmente, nos leva ao vómito. aconteceu de novo. e sim, revolveram-se-me as entranhas e, literalmente, fui ao vómito. mas acordei a rir. e de certa forma em paz com o ridículo do mundo. embora com uma vontade imensa de fazer como jesus cristo com os vendilhões do templo. mas eu é que sou parva porque os sinos já tinham tocado a rebate. lembrem-se: quando as frases são as mesmas a história repete-se! é simples não é?

(já agora, isto não tem nada a ver com o post anterior. esse  não me revolveu as entranhas, só me fez rir. bom, e também me fez pensar que se calhar ainda estou ai para as curvas.)
percebemos que somos assim a dar para o antigo (e que andamos bastante afastados da realidade da noite lisboeta) quando somos convidados para uma grande rebaldaria por um casal de namorados com metade da nossa idade (ainda por cima giros os dois) e a nossa única reacção é ficar de boca aberta e pensar como sair discretamente sem fazer em demasia figura de parolos enquanto não nos sai da cabeça que naquela idade os moços deviam era estar a ver resmas de arco-íris e malmequeres e borboletas e tal...

14.6.12

às vezes tenho pena de ser assim. de não confiar. de esperar sempre o pior. e, por isso, de não deixar que me tomem por dentro. de pôr muros. mas a vida tem-me ensinado que as pessoas são extraordinariamente prevísiveis. e rarissimos são os casos que me surpreendem. os outros só me arrancam um sorriso triste. e um pensamento imediato: mais do mesmo. de qualquer forma, a decepção continua a ter o mesmo sabor amargo. e a causar-me convulsões de nojo. mas continuo a tentar convencer-me repetindo uma frase em silêncio: a náusea vai passar. a náusea vai passar. a náusea vai passar.

enfim...